O velho Deus reúne treze narrativas curtas do autor, a segunda das quais empresta o título ao volume. Nessas novelas em que a vida surge fragmentária e contraditória (e tantas vezes como um espetáculo circense, engraçado porém melancólico) a realidade se dá ao leitor como a cena teatral se dá ao público: cada qual, de seu lugar, vê algo que lhe parece singular, mas que nunca é o mesmo para todos. Nos eventos cotidianos narrados, em que o humor sempre pontua transmutado em riso, ironia ou amargura, há sempre um fundo falso, em que pode estar tudo, inclusive nada.