O fluxo de atletas para o exterior aumentou assustadores 392% entre 1992 e 2005. Um levantamento mostra que 804 jogadores deixaram o país em 2005, e 857 em 2004. Mercados como Alemanha, Itália, Espanha e Portugal continuam clientes fiéis do produto verde e amarelo, mas os brasileiros estão marcando presença nos quatro cantos do mundo. Com base em estatísticas oficiais, os autores apresentam uma análise atualizada dos aspectos envolvidos na migração dos atletas brasileiros - os mais qualificados, quando se trata de profissionais da bola. Não poderia estar mais longe da verdade quem acredita que a saída de jogadores de futebol do Brasil rumo ao exterior é sempre coroada com o êxito visto nos casos de Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Robinho, Denílson, entre outros. Radicados também fora do país, mais especificamente na Europa, os jornalistas Fernando Duarte e Claudia Silva Jacobs colheram depoimentos de jogadores que estão bem longe dos maiores centros da Europa e mostram, em "Futebol exportação", um lado pouco conhecido do êxodo de atletas do futebol brasileiro. O livro conta que a opção pelo trabalho em campos estrangeiros é quase tão antiga quanto o profissionalismo do futebol verde-amarelo. Há quem diga que o pior da despedida é para quem fica. "Futebol exportação" conta que são justamente os torcedores brasileiros que mais sofrem com o caráter exportador do nosso principal esporte, já que só vêem seus ídolos passar pelos Maracanãs, Pacaembus ou Mineirões da vida um punhado de vezes.