Ocorreu um cenário de fantástica evolução do mercado de capitais brasileiro nos primeiros dez anos do novo século. Natural que a Bolsa procurasse abrir a segunda década olhando para o crescimento e orientando as companhias do país para a abertura de seus capitais. O ano de 2011, porém, diagnosticou um problema no coração do capitalismo: EUA e Europa passavam a sofrer de nanceirização do capital, acumulação capitalista que pretende prescindir da economia real, com efeitos nocivos para todos os lados. Desde então, até o agravamento da situação político-econômica que mergulhou o Brasil no rebaixamento e na insegurança, nem todo o ânimo se perdeu. Adotaram-se incentivos para companhias e investidores operarem com ações. Instalou-se um comitê para ajudar as pequenas e médias empresas na trajetória para nanciar-se mediante abertura de capital. Houve avanços enormes na tecnologia a serviço do Mercado de Capitais. O Índice Bovespa fez 45 anos, ganhando grandes aperfeiçoamentos. E registra-se ainda, no horizonte, o surgimento dos investimentos de impacto social no Brasil, enquanto a equipe econômica do novo governo, liderada por Henrique Meirelles, conduz a travessia do país para a reconquista de sua importância na cena mundial.