A obra aborda a saúde mental dos homens a partir de uma perspectiva de gênero, analisando as interações entre as masculinidades e a expressão do sofrimento psíquico. A pesquisa realizada junto a homens usuários de CAPS revelou que as expectativas não realizadas sobre o que deve ser um “homem de verdade” interferem negativamente nas condições de saúde mental. A expressão de emoções e sofrimentos representou um afastamento desse modelo idealizado do que é ser homem. A obra discute ainda práticas de promoção à saúde mental masculina que permitem a problematização de padrões hegemônicos do que é “ser homem” e representam uma possibilidade de inclusão da perspectiva de gênero nos serviços de saúde mental, o que pode contribuir para a desconstrução do modelo de masculinidade hegemônico, possibilitando a expressão das emoções e de novos modos de ser homem.