Cada dia um novo desafio, assim é a vida. Parece lugar-comum, mas não é no caso de Luna. Ter um turbilhão de ideias, tentar fazer as tarefas diárias, organizar o pensamento, lidar com os sentimentos, sentir-se só e, apesar disso tudo, ainda, às vezes, conseguir sorrir não é tarefa fácil, principalmente quando se tem uma síndrome como a do espectro autista. É como se houvesse dentro do corpo um oceano quase sempre tempestuoso, mas sonhando com a calmaria. Nessa travessia ela encontra Telma, psicóloga, amiga e confidente. A única pessoa com quem consegue falar ao telefone e que pacientemente recebe, dia a dia, centenas de mensagens, intervindo com precisão em momentos pontuais. Diário dos mundos é um mosaico que desconstrói preconceitos sobre o autismo, possibilitando ao leitor compreender as necessidades diversas, até porque o diferente ainda está distante de ser incluído sem um olhar de desconfiança. Mas há encontros que são definitivos. Benita Prieto